Marcelesa Livros

Em abril de 1987, o psicanalista Félix Guattari foi entrevistado1 por um canal francês de tv para falar sobre seu trabalho com o filósofo Gilles Deleuze em O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia (1972), que rompeu com a ortodoxia freudiana. Apesar da radicalidade da obra, ele nos lembra de que muitos outros produziram o deslocamento de um certo tipo de psicanálise, e que seu projeto não se tratava literalmente de uma ruptura com o campo psicanalítico, mas sim com o estruturalismo na psicanálise, em especial por reduzir as produções do inconsciente a fatos da linguagem. Anderson Santos

The Lives and Recordings of Delia Derbyshire, Margery Kempe and Cosey Fanni Tutti. Re-sisters is the story of three women consumed by their passion for life, a passion they expressed through music, art and lifestyle - their recordings. In 2018, boundary-breaking visual and sonic artist Cosey Fanni Tutti received a commission to write the soundtrack to a film about Delia Derbyshire, the pioneering electronic composer who influenced the likes of Aphex Twin and The Chemical Brothers. At the same time, Tutti began reading about Margery Kempe, the 15th-century mystic visionary who wrote the first English-language autobiography.

Mais difícil que prever o futuro é ler o presente a partir dele mesmo. Demasiado colados nele, atravessados pelas emoções, cativos das opiniões correntes, do jargão midiático, o presente não parece oferecer o mínimo indispensável para qualquer avaliação isenta – a distância. Mas não seria o caso de valorizar justamente isto, a proximidade aos acontecimentos, a imersão no torvelinho do que se passa “agora”? Colher uma percepção situada, uma atmosfera reinante, a intensidade de um momento, a subjetividade dos atores, não tem isso o valor único de um testemunho vivo?

Da psicodelia ao tropicalismo, da MPB ao glam, do punk ao pós-punk, da não wave à Vanguarda Paulista: O Som de São Paulo oferece um recorte abrangente dos sons e ideias que circularam pelas vias cinzentas da maior metrópole da América Latina, entre os anos de 1967 e 1985. Cortesia (e mistura) da pesquisa da jornalista Fabiana Caso e dos traços da ilustradora Talita Hoffmann. Juntas, reviveram aventuras e feitos de nomes como Antonio Peticov, Ronnie Von, Os Mutantes, Rogerio Duprat, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Secos & Molhados, Edy Star, Clemente Nascimento (Inocentes), Kid Vinil, Tina Punk, Fabio Sampaio (Olho Seco)

Este Prefácio não pode deixar de Revelar q as Obras de Artaud com esta Peça, tirada de sua Gravação Proibida do Programa “A Voz dos Poetas”, Mesmo Proibída em 1948 se tornou Entre Todas as Vozes Permitídas, a Mais Presente nos Corpos Humanos de hoje, na Pós Pandemía, na Luta pelos Territórios dos Indígenas y na Luta pela Vida no Planeta Terra Agonizante, Artaud por ser o Poeta da Vida como Coisa Concreta, do Corpo, das Coisas Humanas, dos Bichos, das Pédras q Vão Sendoldots. José Celso Martinez Corrêa

Todo ser passa pela metamorfose. É a experiência elementar e originário da vida, a que define suas forças e seus limites. Desde Darwin, sabemos que qualquer forma de vida - o ser humano incluído - é apenas a metamorfose de uma outra, muitas vezes jádesaparecida. Do nosso nascimento a nossa alimentação, nós todos passamos por essa experiência. No ato metamórfico, mudança de si e mudança do mundo coincidem. Afirmar que qualquer vida é um fato metamórfico significa que ela atravessa as identidadese os mundos sem nunca passar por elas de forma passiva. Esse livro inovador joga as bases de uma filosofia da metamorfose.

Desvende séculos de sabedoria com Bertrand Russell: uma jornada filosófica imperdível! Descubra o fascinante mundo da filosofia ocidental nesta obra-prima cativante e abrangente, escrita pelo renomado filósofo Bertrand Russell. História da Filosofia Ocidental é uma jornada envolvente e perspicaz que atravessa séculos de pensamento, desde os pré-socráticos até os grandes nomes do século XX. Com uma escrita eclética e espirituosa, Russell revela a genialidade e a sabedoria dos principais filósofos em áreas como lógica, ciências políticas, economia e antropologia. Este boxe exclusivo, composto por três volumes e inédito no Brasil, é um verdadeiro tesouro para os amantes da filosofia e para aqueles que desejam explorar o rico legado dos grandes pensadores que moldaram nossa história.

Aclamada como a melhor história da filosofia disponível em língua inglesa, a obra de Frederick Copleston, inédita no Brasil, é uma narrativa ao mesmo tempo objetiva e abrangente do itinerário filosófico no Ocidente. O autor apresenta a evolução do pensamento filosófico segundo os seus protagonistas, partindo do contexto histórico de cada um deles. Influências, convergências e divergências, tudo é apresentado com a necessária clareza para um leitor que Copleston supunha iniciante. Sua obra é, portanto, ao mesmo tempo um vislumbre de toda a tradição filosófica e uma via de acesso a ela. Neste terceiro volume da edição brasileira, reúnem-se os tomos VI e VII da coleção original.

Aclamada como a melhor história da filosofia disponível em língua inglesa, a obra de Frederick Copleston, inédita no Brasil, é uma narrativa ao mesmo tempo objetiva e abrangente do itinerário filosófico no Ocidente. O autor apresenta a evolução do pensamento filosófico segundo os seus protagonistas, partindo do contexto histórico de cada um deles. Influências, convergências e divergências, tudo é apresentado com a necessária clareza para um leitor que Copleston supunha iniciante. Sua obra é, portanto, ao mesmo tempo um vislumbre de toda a tradição filosófica e uma via de acesso a ela.

Este é o quarto e último livro de uma série narrativa que vai transformar a forma que você estuda história. Neste volume você poderá investigar a fascinante história do mundo moderno, desde a Guerra Civil Americana até o final do século XX - da Europa e do Oriente Médio à Índia, China, Península Arábica, Austrália e América do Norte e do Sul. Projetado para pais e alunos do ensino fundamental e médio compartilharem juntos, A História do Mundo (volume 4) - A Era Moderna constrói a alfabetização histórica, melhora as habilidades de leitura e compreensão em ficção e não ficção e aumenta o vocabulário - tudo em um formato semelhante a uma história agradável e divertida.

Livro inédito redescoberto no Arquivo José Guilherme Merquior / É Realizações Editora, O Estruturalismo como Pensamento Radical é um ensaio destinado a extrair a filosofia subjacente à antropologia de Claude Lévi-Strauss e a demonstrar sua pertinência a uma visão social emancipatória. O texto, escrito em francês enquanto Merquior era aluno de Lévi-Strauss, foi saudado pelo próprio antropólogo como “informado, brilhante, vigoroso”. A discussão promovida por ele permanece inovadora, e até mesmo, em retrospecto, visionária: poucos meses após sua redação, eclodiu o Maio de 68, em que a caracterização do estruturalismo como reacionário se tornou frequente – por negligenciarem-se esclarecimentos prefigurados aqui.

No final da vida, ao fazer uma retrospectiva da própria obra, Agostinho diz que o propósito de escrever O livre arbítrio havia sido investigar as causas do mal. Desde cedo essa questão o incomodava: como justificar a existência de um Deus bom quando há tanta maldade no mundo? Se acolhera a crença na Providência divina, contudo via-se incapaz de conciliá-la com o sofrimento que percebia à sua volta. Essa dúvida o manteria cativo da cosmologia do persa Mani por toda a juventude, e o seu enfrentamento se constituiria um dos principais encargos assumidos após sua conversão.

Para entender o século XX Quando morreu aos 95 anos, Eric Hobsbawm era o historiador mais conhecido em todo o mundo. Autor de clássicos como A era dos extremos, sua obra foi traduzida em mais de 50 línguas. Era tão popular na Itália e no Brasil como na Inglaterra e nos Estados Unidos e seus livros continuam sendo adotados em escolas e universidades. Em Eric Hobsbawm: Uma vida na história, Richard Evans conta a trajetória desse personagem que foi testemunha dos episódios mais marcantes do século XX. Hobsbawm não apenas escreveu sobre esses acontecimentos mas participou de muitos deles como a resistência a Hitler, a revolução em Cuba e emergência no Novo Trabalhismo, inclusive no Brasil.

Este Da pediatria à psicanálise, de Donald W. Winnicott, volta-se mais diretamente aos profissionais ligados ao cuidado de bebês e crianças: pediatras, enfermeiras/os e psicanalistas. Nesta reunião de artigos, que acompanha o percurso de Winnicott da pediatria à psiquiatria e ao nascente campo da psicanálise infantil, é possível observar o diálogo entre essas diferentes perspectivas tomando corpo nas ideias e na prática de Winnicott, e apreciar as diferentes modalidades de escuta que o psicanalista e pediatra foi concatenando ao longo de sua carreira. Winnicott passou a observar e a escutar as crianças que vinham a seu consultório não tanto com um estetoscópio como com a disposição para depreender de brincadeiras conflitos e angústias que não eram verbalizados.

Este livro reúne 22 ensaios de intelectuais dos mais diferentes ramos do conhecimento – da esquerda à direita e de todas as regiões do país – com o fim de oferecer aos leitores uma visão crítica do identitarismo, de modo a “escancarar as entranhas desse movimento em sua natureza, em seus propósitos e nas consequências político-culturais que vêm afetando o Brasil, sobretudo em relação ao conhecimento sobre sua história, sua cultura e suas potencialidades no cenário mundial”, segundo o antropólogo Mércio Gomes. Para os também antropólogos Peter Fry e Yvonne Maggie, trata-se de “um libelo contra os excessos do identitarismo à brasileira.

In April 1945, Jean Améry was liberated from the Bergen Belsen concentration camp. A Jewish and political prisoner, he had been brutally tortured by the Nazis, and had also survived both Auschwitz and other infamous camps. His experiences during the Holocaust were made famous by his book At the Minds Limits: Contemplations by a Survivor of Auschwitz and Its Realities. Essays on Antisemitism, Anti-Zionism, and the Left features a collection of essays by Améry translated into English for the first time. Although written between 1966 and 1978, Amérys insights remain fresh and contemporary, and showcase the power of his thought.

"As zonas queersão também um espinhoso aglomerado de desterritorializaçãoe de subjetivações proliferantes, transversais. Quando seu coeficiente de desterritorializaçãodecai demais, nós o abandonamos. Na medida em que sua base é o corpo. Mais do que algo que me pertence, meu corpo é uma zona de autonomia, como dizia o adágio feminista. É claro, não somos obrigados a compreender o slogan "meu corpo me pertence" nos termos da liberdade individualista, em conformidade com o individualismo possessivoliberal. Mas nisso está o risco de que se reforcem o direito e a política protetiva dos direitos. E é uma pena, porque o corpo é sempre mais extenso e mais forte que o sujeito ou o si mesmo".

"Primeiro livro de Kathy Acker, A vida infantil da tarântula negra, por Tarântula Negra, é uma experiência literária na qual o processo de apropriação e colagem é central para a busca de identidade da narradora. Ackercria uma narradora de dezesseis anos, Tarântula Negra, que explora identidades alternativas como assassina e prostituta, copia trechos de livros pornográficos em que se imagina a protagonista e participa de atos sexuais públicos. A autora faz uma colagem na qual suas próprias palavrasse somam às de Marquês de Sade sobre Justine; mistura sua vida com a autobiografia de William ButlerYeats, a vida de MollCutpurse, "a rainha regente do desgoverno, a garota arruaceira, a tirana benevolente dos ladrões e assassinos da cidade, a damaurso",

Neste box composto por seis livros você vai ter acesso aos maiores nomes do pensamento liberal! Milton Friedman, F.A. Hayek, Adam Smith, Joseph Schumpeter e Ayn Rand são os maiores nomes quando falamos de liberalismo econômico. E com esta coleção você vai conhecer os aspectos fundamentais desse pensamento.

Machado de Assis não será, apenas, o maior contista de Língua Portuguesa, mas, pela ressonância que, ainda hoje, nos transmite a sua obra, poderemos situa-lo entre os maiores da literatura universal.

Obra clássica, a primeira que enfrenta os efeitos perversos da colonização nas populações invadidas, num projeto de “avançar no domínio obscuro e impreciso da psicologia inter-racial”, e visionária ao prever os efeitos duradouros e potencialmente traumáticos que adviriam desse processo, mesmo depois da independência desses territórios, afetando colonizados e colonizadores e contaminando profundamente as relações tanto interpessoais quanto internacionais. Não por acaso, tornou-se obra de referência para os estudos pós-coloniais. Por seu estilo direto, sensível (Mannoni viveu muitos anos como professor em Madagascar, convivendo no ambiente de revolta dos locais contra os colonizadores franceses) e honesto,

Neste clássico instantâneo e best-seller internacional, David Graeber e David Wengrow propõem uma nova versão de nossa história do desenvolvimento da agricultura e das cidades às origens do Estado, da democracia e da desigualdade. Durante séculos, nossos ancestrais foram considerados primitivos e infantis, sendo divididos em duas categorias: iguais, livres e inocentes ou guerreiros e brutais. Com base no pensamento de Jean-Jacques Rousseau e de Thomas Hobbes, a ideia que perdurou ao longo dos anos foi a de que só poderíamos alcançar a civilização sacrificando essas liberdades ou domesticando nossos instintos mais básicos.

Conteúdo Capítulo 1: Formas de Luta e Estratégia Capítulo 2: Sobre a Estratégia Leninista Capítulo 3: Vô Nguyên Giap: o soldado invencível Capítulo 4: Mao Tse-tung e a Revolução Chinesa: o sol vermelho Capítulo 5: Marighella e o Minimanual do Guerrilheiro Capítulo 6: Acerca da Luta Armada

O que há de peculiar na atividade filosófica como forma de pensamento? O que se pode extrair da experiência do “repetido fracasso” da atividade filosófica em sua busca pela verdade? Certamente há quem conteste esse veredito, reiterado, porém, ao longo da história, mesmo por importantes filósofos que ousaram, cada um a seu modo, tentar superá-lo. Mas nele reside um aspecto central do ceticismo antigo, do qual o professor Plínio Smith é um dos mais destacados especialistas neste país (bem como de seus desdobramentos, da antiguidade aos dias atuais). Esta não é, porém, uma obra de exegese filosófica. É um esforço de reflexão pessoal – levado a cabo de modo cuidadoso e instigante – em torno de uma gama de problemas legados pelo ceticismo antigo.

Nos estudos sobre a tolerância no início da Modernidade, são bastante discutidos os clássicos sobre o tema. Quase desconhecidas, porém, são as obras que defendiam a intolerância, mesmo sendo essa a posição então predominante. Vistas de modo depreciativo, essas obras não têm seu significado filosófico reconhecido, o que impede o devido entendimento da cosmovisão e dos argumentos dos intolerantes. Para suprir essa lacuna, o presente livro oferece a tradução, com introdução e notas, de um conjunto de textos inéditos em português do jesuíta François de La Chaise (1624-1709), do calvinista Pierre Jurieu (1637-1713) e do anglicano Jonas Proast (c. 1642-1710). Entre outros tópicos, esses textos tratam do papel da vontade na formação de crenças, dos direitos da consciência errante e da legitimidad

Seria o conceito de utopia ainda relevante em uma era de globalização caracterizada pelas vertiginosas tecnologias do Primeiro Mundo e pela desintegração social do Terceiro? Arqueologias do futuro, a mais importante obra de Fredric Jameson desde Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio, investiga o desenvolvimento do modelo utópico a partir de Thomas More e questiona as funções desse modelo em uma era pós-comunista.

Até então publicada em dois volumes, com notas no final, a atual Antropologia Filosófica unifica as partes, transforma as notas finais em notas de rodapé e reúne os índices de nomes e autores. A obra unificada contém uma parte histórica – a sucessão dos modelos conceptuais com que a tradição filosófica ocidental expressou sua reflexão sobre o homem – e uma parte sistemática dedicada à exposição das relações fundamentais do ser humano – nas categorias de objetividade, intersubjetividade e transcendência – e de sua unidade fundamental – nas categorias de realização e de pessoa.

Box Intervencionismo Mascarado - Crítica ao Intervencionismo - Intervencionismo - O Conflito de Interesses e Outros Ensaios - Sobre Moeda e Inflação

“Tal enunciado é fato ou ficção, original ou cópia? Quem é agente e quem é paciente, ação e reação? Tal comportamento é espontâneo ou manipulado, público ou privado? A intenção dessa pessoa é autêntica ou espúria? Em quem posso confiar?” Em um mundo onde a internet se tornou massivamente disseminada, tornando-se a principal arena de comunicação política em diversos países, essas perguntas que fazemos no dia a dia são indícios da ascensão de processos como populismo, pós-verdade, negacionismo e conspiracionismos.