Marcelesa Livros

Quem estiver com este livro em mãos pode ser um quarentão motivado pela campanha que levou o Timão das últimas colocações a um honroso vice-campeonato paulista em 1987. Ou um trintão que se lembre dos gols de Marcelinho e das defesas de Ronaaaaldo na conquista do Paulistão de 1997. Ou, ainda, um jovem que tenha chegado logo depois de 2007, para conhecer as maiores glórias da centenária história do clube, da afirmação como maior campeão paulista ao bicampeonato mundial, passando pelo hexacampeo nato brasileiro e a conquista da tão sonhada Libertadores. Tudo isso está contido nesses 50 anos de histórias.

Os autores apresentam elementos de uma teoria construída a partir de sua prática, clínica e reflexiva, da fala: grito do bebê, mutismo psicógeno, gagueira, passagem ao ato, palavra-máquina, linguagem matemática e estilo narrativo.

Este livro traz o histórico dos conceitos e das técnicas que contribuem para a psicanálise com crianças, analisa a neurose obsessiva infantil e apresenta elementos de uma psicoterapia de mãe de autista.

O autor registra nesta obra três ecologias - a do meio ambiente, a das relações sociais e a da subjetividade humana, manifestando sua indignação perante um mundo que se deteriora lentamente. Propõe também fórmulas para reinventar maneiras de ser no interior do casal, da família, do trabalho e da cidade.

Estado: bom

Desde 1973, Jacques-Alain Miller vem lançando os 26 volumes de O Seminário, referente aos seminários ministrados por Lacan em Paris, de 1953 a 1980 – indispensáveis para o conhecimento integral da revolucionária leitura empreendida por Lacan da obra de Freud. Acompanhando de perto os lançamentos na França, a Zahar publica mais essa grande contribuição para o campo psicanalítico no Brasil.

A publicação dos Escritos de Lacan no Brasil constitui um marco para a bibliografia psicanalítica em língua portuguesa. Contendo a íntegra dos textos escritos por Lacan entre 1936 e 1966, inclui "O seminário sobre A carta roubada", "O estádio do espelho", "Função e campo da fala e da linguagem", "O tempo lógico" e "A direção do tratamento", entre outros artigos fundamentais para a psicanálise contemporânea. Criteriosamente traduzido e revisto por especialistas na obra do mestre francês, o volume traz índices remissivos e a paginação correspondente no original francês.

Estado: Bom Para um psicanalista, historizar Freud significa futucar Freud; significa deitá-lo no divã. Trata-se de aplicar um instrumental para desvelar a personalidade última do herói. Pretende-se furar sua pele manifesta, escrutar seu corpo biográfico, passar o pente fino a procura de piolhos existenciais. Os escritores desse gênero são impiedosos. O biógrafo nato é um sujeito cruel, ávido por anedotas. Assim o autor deste livro se vê.

Estado: Boa Este Diário de Viagem de Albert Camus, publicado na França em 1978, traz as impressões anotadas pelo escritor em duas viagens; aos Estados Unidos, em 1946, e à América do Sul (principalmente o Brasil) entre junho e agosto de 1949. Durante sua estada em nosso país, Camus registra observações preciosas sobre vários aspectos da vida brasileira, comentando ainda seus encontros com Aníbal Machado, Manuel Bandeira, Murilo Mendes, Augusto Frederico Schmidt, Oswald de Andrade, Mário Pedrosa e muitos outros.

Estado: bom "Mozart, Goya, David, Blake, Rousseau se encontram enfeixados, interligados, em 1789: os emblemas da razão, permitindo a compreensão mais rica possível dos comportamentos humanos, mentais, do tumultuado fim do século XVIII. Este livro toma como objeto as várias manifestações da cultura e particularmente das artes no momento da Revolução Francesa. Ele constitui uma interpretação fundamental a respeito das sensibilidades, idéias, modos de ser e de pensar imbricadas nesse momento nevrálgico que articula os tempos do Antigo Regime com a Época Contemporânea."Jorge Coli

Estado: muito bom Elaborando um contraponto com as concepções do neo-realismo, geradas no pós-guerra, e com a noção-chave de autor, apregoada pela Nouvelle Vague francesa, Luiz Renato Martins discute quatro filmes produzidos por Fellini: Roma (1971), Amarcord (1973), Ensaio de Orquestra (1979) e Cidade das Mulheres (1980). À idéia de uma obra autobiográfica sobrepõe-se o senso crítico da arte felliniana, comprometida com a reflexão sobre a modernidade e com questões ainda em vigor, tanto para o cinema como para a atualidade política. Luiz Renato Martins é doutorando em Estética no Departamento de Filosofia da FFLCH-USP.

Estado: Muito bom Composta por quatro romances, esta obra representa, de certa forma, a luta de Mann contra o hitlerismo. Deixando o plano da realidade contemporânea, esta tetralogia bíblica nos transporta a uma época recuada da história. Entretanto, na matéria legendária, o romancista alemão encontra os traços gerais e permanentes da natureza humana. Prêmio Jabuti 2001 - Capa e Produção Editorial.

Composta por quatro romances, esta obra representa, de certa forma, a luta de Mann contra o hitlerismo. Deixando o plano da realidade contemporânea, esta tetralogia bíblica nos transporta a uma época recuada da história. Entretanto, na matéria legendária, o romancista alemão encontra os traços gerais e permanentes da natureza humana. Prêmio Jabuti 2001 - Capa e Produção Editorial.

Arte para uns, ciência para outros, a astrologia constitui para muitos um instrumento para o conhecimento da natureza humana. Características particulares, físicas e psíquicas, permitem distinguir os naturais dos diferentes signos. Neste livro, encontram-se quadros explícitos e fáceis de consultar que possibilitam a determinação quase imediata do signo ascendente de qualquer pessoa, a partir da data e hora de nascimento. O texto descreve pormenorizadamente os traços caracterológicos comuns e distintos que identificam uma determinada combinação signo solar-signo ascendente. Obra ímpar, este livro tem o mérito de conseguir abordar o tema de uma forma simultaneamente completa e simples.

Estado: seminovo Como pesquisador erudito, Gershom Scholem tem um lugar eminente entre os intérpretes modernos do judaísmo e do passado judaico. Mas o temário de suas obras de maior fôlego foi também objeto de discussões ocasionais ou particulares em ensaios e artigos, afora um sem-número de comunicações acadêmicas, que valem por sua contribuição específica e traduzem não só o domínio que o autor tem das matérias especializadas, como da cultura e dos problemas de nosso tempo. Atestam-no os trabalhos reunidos neste primeiro volume de Judaica I. Seu diálogo, sua crítica e, por vezes, sua polêmica (quase sempre...) com Walter Benjamin, e Martin Buber e Franz Rosenzweig, pensadores cruciais do homem de século XX,

Estado: bom One of the great masterpieces of Western religious thought--culled by the greatest authority on Jewish mysticism. The Zohar represents an attempt to uncover hidden meanings behind the world of appearances. It is the central work in the literature of the Kabbalah, the Jewish mystical tradition. This volume of selected passages from the Zohar offers a sampling of its unique vision of the esoteric wonders of creation; the life and destiny of the soul; the confluence of physical and divine love; suffering and death; exile and redemption.

"Evil--the infliction of pain upon sentient beings--is one of the most long-standing and serious problems of human existence. Frequently and in many cultures evil has been personified. This book is a history of the personification of evil, which for the sake of clarity I have called the Devil. I am a medievalist, but when I began some years ago to work with the concept of the Devil in the eleventh and twelfth centuries, I came to see that I could not understand the medieval Devil except in terms of its historical antecedents. More important, I realized that I could not understand the Devil at all except in the context of the problem of evil. I needed to face the issue of evil squarely, both as a historian and as a human being."--from the Preface

O que tem a falar uma não-analista sobre um livro escrito por um psicanalista, a partir da clínica e da política da Psicanálise? Foi isso o que eu pensei quando fui convidada para fazer a apresentação deste livro. E foi lendo-o que eu aprendi que “o não analista não é o não analisado, mas sim aquele que optou em não ocupar o lugar do psicanalista”, na medida em que sua aposta no desejo o conduziu para uma Outra direção; mas que é capaz de reconhecer a importância decisiva que a Psicanálise tem como formulação de um saber que não se presta a dar respostas e nem a curar paixões. E que, por isso mesmo, “participa e contribui para que uma política pela Psicanálise seja possível”. A paixão em torno da qual o livro se constrói é o ódio. “Há um fator estruturante no ódio.

Estado: muito bom Anjo rebelde ou personificação do mal? Adversário ou parceiro de Deus? Quem - ou o quê - é o Diabo, afinal? Partindo de textos e imagens produzidos entre os séculos VI e XVI, Luther Link discute o problema teológico do mal em todos os seus desdobramentos doutrinais e estéticos. Uma aula brilhante de arte, história, teologia e política.Dos Apocalipses esculpidos em pórticos de igrejas românicas e góticas aos grandes afrescos do Juízo Final pintados por Giotto, Luca Signorelli e Michelangelo, Luther Link se detém em detalhes imperceptíveis mas muito significativos, pois as menores diferenças na maneira como o Diabo é representado podem indicar tanto uma mudança radical nas diretrizes da Igreja como o simples recurso a uma fonte iconográfica aparentemente esquecida.

Composto de três ensaios interrelacionados, esse livro aborda a relação entre a pluralidade de pessoas e a pessoa singular a que chamamos "indivíduo". O propósito de Norbert Elias, ao acoplar termos aparentemente antagônicos como sociedade e indivíduo, é promover a emancipação de um uso mais antigo, estabelecendo um novo modelo da maneira como os seres humanos individuais ligam-se uns aos outros numa pluralidade, ou seja, numa sociedade. Elias assinala que os indivíduos e a sociedade não são entidades estanques, mas apenas perspectivas diferentes de uma mesma instância.

Já definido pelo Financial Times como um dos melhores livros já escritos sobre a relação entre transformações econômicas e culturais de nosso tempo, a obra de Harvey define os contornos culturais da "condição" pós-moderna, em seus aspectos estéticos, sociais, literários e filosóficos. Fazendo das mudanças que ocorreram na experiência do espaço e do tempo o centro de sua tese, o autor vê a "condição" pós-moderna como uma conseqüência da atual crise do capitalismo e não como um sintoma do surgimento de uma sociedade pós-capitalista ou pós-industrial. Um estudo sumamente oportuno por sua abrangência e clareza.

Este livro é o diário do encontro com uma época e com homens cuja existência fica na fronteira entre a santidade e a loucura. O autor acompanha o surgir de uma experiência religiosa profunda que leva os anacoretas à procura do homem novo, para desembocar na construção de uma sociedade ideal, com a formação dos primeiros mosteiros.

Estado: bom Em Uma história da leitura encontram-se fragmentos de experiências de todo tipo de leitor: o encantamento com o aprendizado da leitura, a leitura compulsiva de tudo (livrinhos de escola, cartazes de rua, rótulos de remédio), o prazer de acompanhar a multiplicação dos significados de uma palavra, de descobrir o final da história. Ao narrar as conformações da leitura em diferentes épocas - com histórias como a do grão-vizir da Pérsia que carregava sua biblioteca quando viajava, acomodando-a em quatrocentos camelos treinados para andar em ordem alfabética -, Alberto Manguel nos ensina que a leitura é a mais civilizada das paixões e que sua história é uma celebração da alegria e da liberdade.

Estado: muito bom Na primeira metade do século XIX, o Rio de Janeiro tinha a maior população escrava urbana das Américas; seus visitantes ficavam impressionados com a cor "negra" da cidade. Ao estudar a vida dos escravos durante esse período, este livro estabelece um marco na historiografia brasileira. Utilizando documentos inéditos e múltiplas fontes de informação, Mary C. Karasch desfez mitos e revelou em toda a sua amplitude o fardo da servidão, mesmo no ambiente "civilizado" da capital do Império brasileiro. Opondo-se à idéia de que os africanos eram absorvidos passivamente pela cultura européia de seus senhores, a autora mostra como se criou uma rica cultura afro-carioca, viva até hoje.