Acervo Tião Nunes

A contracapa deste livro revela grande (e justificado) otimismo: “Infelizmente, ler poesia não é habito dos mais difundidos, inclusive entre pessoas que costumam ler. Ler livro sobre a obra de um poeta, então, nem se fala... No entanto, em ambos os casos, este livro é uma exceção”. De fato, Carlos Drummond de Andrade é o maior poeta brasileiro. Affonso é “avis rara” entre nós: à sua profissão de professor, teórico e crítico de literatura junta-se sua condição de poeta. Livro indispensável para se conhecer melhor a poesia de Drummond. Exemplar em boas condições. Várias páginas com grifos leves a lápis. Assinatura no frontispício. Cortes manchados e amarelados. Últimas páginas manchadas. Capa e lombada desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 269 páginas.

Quando este livro foi publicado, Nelson Leite havia completado 87 anos, uma proeza em qualquer sentido. Quando me enviou este exemplar já ultrapassara os 90, fato revelado pela dedicatória, trêmula, indecisa, alcançando inclusive a primeira orelha e a contracapa. Doze pessoas deixaram seu depoimento nas orelhas, entre elas os escritores Márcio Almeida e Otto Lara Resende. O próprio Nelson (desconfio) escreveu na contracapa que “chega ao Canto do Cisne com plena experiência de vida existencial, literária, etílica”. Ex-deputado, dele informa Luciano Soares: “Cronista, escritor, poeta, filósofo, é uma das mentes mais brilhantes que esta cidade (Oliveira) já concebeu”. Exemplar em ótimas condições, exceto pela caótica e deliciosa dedicatória. Higienizado e embalado em plástico. 240 páginas.

Este livro tem uma característica muito especial: mostra como é possível fazer com que as comunidades, à base de esforço e boa-vontade, nasçam, cresçam, se fortaleçam e formem novas lideranças. Assim explica José Jamir Chaves sua ideia: “Em março de 2006, enviei uma carta a algumas pessoas que eu havia conhecido nas Comunidades Rurais de Formiga, pedindo que me contassem a história de suas Comunidades, como elas haviam nascido e prosperado”. As cartas foram enviadas a 51 pessoas, e de suas respostas nasceu esta publicação. Não é um livro perfeito. A maioria das fotos é de baixa qualidade, mas o resultado é fantástico. Exemplar em boas condições, apenas com alguns leves grifos a lápis, além de capa e lombada desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 186 páginas.

Relata Jorge Luis Borges na contracapa desta joia: “No começo do século XIII, partiram da Alemanha e da França duas expedições de crianças. Acreditavam poder atravessar os mares de pés enxutos. Esperançosas, ignorantes, felizes, encaminharam-se para os portos do sul. O previsto milagre não aconteceu”. Reza a lenda que 30 mil crianças participaram. As francesas foram vendidas como escravas no Egito. Das alemãs, nada se sabe. Exemplar quadrado, com capa azul e vermelha, em bom estado, com miolo ótimo, sem rasuras ou grifos. Contracapa interna e última página com pequenas manchas espelhadas. Capa e lombada desgastadas das extremidades para o centro, atingindo o título, mas sem prejudicar a leitura do mesmo. Higienizado e embalado em plástico. Bilíngue: francês/português. 109 páginas.

Um clássico definitivo e insuperável. Como se não bastasse a pesquisa exaustiva, esta edição, a sexta, foi revista e ampliada pelo autor com novos documentos da Vanguarda Europeia, constituindo uma das mais notáveis e amplas apresentações críticas dos principais movimentos vanguardistas. Pena que este exemplar esteja bem ruinzinho, mas mesmo assim merece ser lido, ainda mais que o preço está baixísssimo. Capa colada com fita adesiva marrom e presa ao miolo com bastante firmeza, mas deixando ver parte desse miolo na primeira e na última página. Grifos a caneta azul e vermelha no frontispício. Grifos leves a lápis em algumas páginas. Cortes amarelados e um pouco sujos. Lombada coberta pela fita adesiva. Capa desgastada nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 446 páginas.

Você certamente viveu os trágicos anos da Covid-19. Tente, então, comparar o que você passou com a tragédia que se abateu sobre a Europa e especialmente sobre Londres em 1665. Este livro é, por isso mesmo, um documento fantástico, sombrio e terrivelmente revelador sobre aqueles anos tenebrosos. Pense na Covid multiplicada por dez e tente imaginar o terror dos londrinos trancados em suas casas insalubres. Este exemplar pertenceu à Biblioteca Comunitária Laís Corrêa de Araújo, desativada em 2015 por falta de recursos, conservando dela bolsa, ficha de leitor e carimbo. Cola aparente entre capa e primeira página. Muitos grifos a tinta vermelha no miolo e a lápis na última página. Cortes manchados. Capa e lombada desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 216 páginas.

Pertence à “Coleção Livros de Amigos” e está sendo oferecido aqui para que outros leitores possam usufruir deste que é, sem dúvida, o mais experimental e radical dos livros de Otávio. Obra deliciosamente irreverente, apresenta colagens surpreendentes, interferências sobre quadrinhos de super-heróis, retratos de procedências e técnicas diversas de muitos escritores famosos identificados apenas por uma página com seus nomes, que termina assim: “Sou um cara de cultura mediana, apenas um digest’s reader melhorado”. Pois é. Tremendo e sutilíssimo gozador, Otávio não perdoava nem a si mesmo. Exemplar grampeado (como as revistas em quadrinho) em ótimas condições, apenas com a capa levemente desgastada nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 32 páginas.

Pertence à “Coleção Livros de Amigos” e está sendo oferecido aqui para que outros leitores possam usufruir da riqueza da prosa de Otávio. Como ele mesmo me escreveu, explicando o título de seu último livro “O dom silencioso”, que permanece inédito, “sua obra iria se apagando com os anos, e que não havia leitores pacientes o suficiente para extrair todas as belezas que escondiam seus textos aparentemente simples”. Neste livro, Otávio publicou a frase que se colou à sua pele como ferro em brasa: “Todos os anos, passas, inconscientemente, pela data de aniversário de tua morte”. Exemplar em ótimas condições, apenas com algumas frases a tinta vermelha no alto da página 100, além de capa e lombada levemente desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 100 páginas.

Valêncio Xavier era infernal. Me lembro de quando me ligava de Curitiba para Sabará, onde então eu morava, e a gente ficava horas trocando figurinhas, ele sem a menor preocupação com a conta que iria pagar. E a gente ria e fofocava. Valêncio era um mestre em contar casos. Este exemplar não foi remetido pelo próprio Valêncio, por não ser autografado. Tem dois ex-libris de João Antônio Buhrer, mas também não foi ele que mandou. Seja como for, resolvi passá-lo para a frente, com fiz e faço com muitos livros de amigos, para que outros leitores possam se deslumbrar também. Exemplar em boas condições, a despeito do tempo. Cola aparente entre capa interna e primeira página. Cortes manchados. Capa e lombada desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 58 páginas.

“O objetivo deste livro” – explica a contracapa – “é apresentar amostras de alguns aspectos problemáticos quanto ao emprego da língua escrita pelos alunos ao fazerem suas redações escolares e sugerir, aos professores, uma série de atividades que enfoquem exatamente esses aspectos. A dificuldade que os alunos enfrentam não está no ato de narrar, descrever ou dissertar, mas no fato de que isso deve ser expresso pela escrita”. Mais clareza do que isto, impossível. Exemplar em boas condições a despeito do tempo. Capa um pouco descolada do miolo (mas não soltando), com cola aparente. Assinatura no frontispício. Vários grifos a lápis no miolo. Cortes amarelados e um pouco sujos. Capa e lombada desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 129 páginas.

“Aos 70 anos” – esclarece a orelha – “Carlos Drummond de Andrade desenvolve simultaneamente três linhas distintas de poesia: a memorialista (Boitempo, Menino Antigo); a lúdica (Viola de Bolso, Versiprosa) e a que, por falta de melhor qualificação, se poderia chamar de geral, com equilíbrio de reações temperamentais e identificação com o mundo. A esta última pertence o livro que apresentamos: As Impurezas do Branco”. Exemplar bastante desgastado pelo tempo, mas referência indispensável na trajetória de nosso poeta maior. Capa, contracapa, primeiras e últimas páginas manchadas. Cola aparente entre a capa e a primeira página. Selo de livraria no frontispício. Cortes amarelados e manchados. Capa e lombada desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 126 páginas.

Adão Ventura é um poeta extraordinário, sob qualquer ponto de vista. Seu livro mais importante é sem dúvida “A cor da pele”, com várias edições custeadas pelo autor. Seus títulos são fantásticos: “Abrir-se um abutre ou mesmo depois de deduzir dele o azul”, “As musculaturas do Arco do Triunfo” e “Costura de nuvens”, coletânea incluindo poemas inéditos, publicada pela Dubolsinho. Exemplar com miolo em bom estado. Só de curiosidade: no frontispício, em cima, aparece rabiscada com força uma possível dedicatória, absolutamente ilegível. Terá Adão se arrependido depois de escrevê-la? Uma curiosidade a mais na vida do autor. A lombada apresenta um rasgão em cima. Capa e lombada desgastadas nas extremidades. Última página com cola aparente. Higienizado e embalado em plástico. 48 páginas.

O cuiabano Nicolas Behr reconstrói Brasília desde 1974, não deixando pedra sobre pedra ou telha queimada sobre telha queimada. Além de continuar sendo poeta marginal por livre e exclusiva escolha, foi preso pelos órgãos da ditadura, publicitário (uma forma de prisão sem grades físicas e apenas mentais), ecologista e pai de família (sic), tendo três filhos. É um cara absolutamente autêntico, fervoroso defensor do meio ambiente. Em 1986, saiu da cadeia publicitária e foi trabalhar na Funatura – Fundação Pró-Natureza, de onde saiu em 1990, dedicando-se desde então à sua empresa Pau-Brasília Viveiro Eco.loja. Um gênio, à sua maneira. Exemplar seminovo. Higienizado e embalado em plástico. 112 páginas.

O subtítulo deste livro é “Orientações para produção de textos acadêmicos”. Obra preciosa para professores e alunos interessados nas técnicas de comunicação científica ou na metodologia científica na produção de textos acadêmicos. Seu objetivo é tornas as técnicas de pesquisa familiares tanto a professores quanto a alunos. Exemplar em ótimas condições, apenas com dedicatória do autor na folha de rosto. Capa e lombada levemente desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 130 páginas.

Este livro faz parte de excelente coleção sobre notáveis artistas plásticos dos Estados Unidos, bastante conhecidos em seu país, mas nem sempre fora. Numa época em que livros com páginas a cores eram raros ou custavam muito caro, a iniciativa da Itatiaia foi extremamente meritória. Por esse e outros motivos, a coleção merece o apreço de colecionadores e apreciadores de artes plásticas. Dezenas de reproduções de pinturas a cores e em P&B. Exemplar dedicado à obra de Thomas Eakins, com brilhante ensaio de Fairfield Porter sobre a vida e a obra do grande pintor. Grampo aparente na última página junto à capa. Manchas amareladas nas capas internas e nas primeiras e últimas páginas. Capas e lombada com desgastes, especialmente nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 130 páginas.

Este livro faz parte de excelente coleção sobre notáveis artistas plásticos dos Estados Unidos, bastante conhecidos em seu país, mas nem sempre fora. Numa época em que livros com páginas a cores eram raros ou custavam muito caro, a iniciativa da Itatiaia foi extremamente meritória. Por esse e outros motivos, a coleção merece o apreço de colecionadores e apreciadores de artes plásticas. Dezenas de reproduções de pinturas a cores e em P&B. Exemplar dedicado à obra de Albert P. Ryder, com ótimo ensaio de Lloyd Goodrich sobre a vida e a obra do grande pintor. Grampo aparente na penúltima página. Manchas nas capas internas e nas primeiras e últimas páginas. Capas e lombada com vários desgastes. Rabiscos a tinta na capa e na contracapa. Higienizado e embalado em plástico. 138 páginas.

Este livro faz parte de excelente coleção sobre notáveis artistas plásticos dos Estados Unidos, bastante conhecidos em seu país, mas nem sempre fora. Numa época em que livros com páginas a cores eram raros ou custavam muito caro, a iniciativa da Itatiaia foi extremamente meritória. Por esse e outros motivos, a coleção merece o apreço de colecionadores e apreciadores de artes plásticas. Dezenas de reproduções de pinturas a cores e em P&B. Exemplar dedicado à obra de Jackson Pollock, com brilhante ensaio de Frank O’Hara sobre vida e obra do grande pintor. Grampo aparente na primeira página, mal presa na capa. Manchas nas capas internas e nas primeiras e últimas páginas. Capas e lombada com vários desgastes, principalmente nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 129 páginas.

O subtítulo deste excelente livro, destacado na folha de rosto, é “Notas sobre a historicidade da lírica moderna”. Crítico por excelência, com extraordinária bagagem teórica, o professor João Alexandre Barbosa é um dos mais conceituados analistas brasileiros de literatura. Independente e profundo, foge dos ideologismos e dogmatismos, buscando encontrar as especificidades das criações e das multiplicidades estéticas enquanto expressões simbólicas e formais da temporalidade histórica. Exemplar em condições razoáveis, com muitos grifos a tinta azul, especialmente no início. Grifo a lápis no alto do frontispício e no alto interno da contracapa. Capa e lombada desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 158 páginas.

Conforme explica a contracapa, este livro constitui um dos títulos mais importantes da moderna Teoria da Literatura escritos em língua alemã. (...) A autora adota a distinção entre arte de ficção (mimética) e lírica para lhe dar um desenvolvimento nada convencional. O real significado desta diferença irá se revelar fundamental para a definição da estrutura lógica do sistema literário assim como para a fenomenologia dos gêneros literários. Leves grifos a lápis até a página 46. Adesivo na terceira capa embaixo. Primeira e última página com leves manchas. Capa e lombada desgastadas nas extremidades. Cortes amarelados. Higienizado e embalado em plástico. 256 páginas.

Este livro é uma “reflexão sobre os processos constitutivos da linguagem, versando uma área nova e bastante promissora, a da Análise do Discurso. (...) Com exemplificação abundante e bem escolhida e escrito numa linguagem clara e acessível, este livro é de leitura agradável e extremamente proveitosa para professores de Português, universitários das áreas de Letras, Comunicações e vestibulandos”. Exemplar bastante usado, mas em boas condições. Assinatura no frontispício. Última capa interna com leves manchas. Primeiras e últimas páginas amareladas de leve. Capa e lombada desgastadas nas extremidades. Cortes amarelados. Higienizado e embalado em plástico. 93 páginas.

Deste livro foram impressos apenas 50 exemplares, quase todos distribuídos entre amigos antes das últimas eleições presidenciais. Sobraram menos de dez, que o autor decidiu colocar à venda, junto com toda sua biblioteca, por estar velho demais para continuar amontoando tralha. Ilustrado a cores pelo próprio autor (prática adotada em todos os seus livros), é constituído de crônicas publicadas aos domingos no portal eletrônico GGN e está dividido em quatro partes: I) Philip Marlowe no país dos canalhas, II) História requentada, III) Literatura requentada e IV) Páginas descartáveis. A primeira presta uma homenagem a Raymond Chandler. A última retrata, em catorze crônicas, a caótica situação do Brasil sob o desgoverno Bolsonaro. Exemplar novo. Higienizado e embalado em plástico. 224 páginas.

Meu amigo Luiz Roberto Guedes foi quem escreveu as orelhas deste livro. Transcrevo aqui um trecho: “Se o tom confessional permite algum paralelo com Ana Cristina César, esta Ana já traçou sua genealogia imediata: ‘Leminski me pariu, Cacaso e Torquato ajudaram no parto. Chacal me deu o tapinha no bumbum’. Anjos tortos que a destinaram: Vai, Ana, desafiar o coro dos contidos. Agora, leitor ‘voyer’, entre neste livro como quem espia na gaveta da moça. Por mais ‘perversa’ e intempestiva, sua trama é sutil – teia em processo, emoção recolhida no ato, sem tranquilidade.” Exemplar seminovo, em ótimas condições. Belíssima capa e projeto gráfico de Joca Reiners Terron. Higienizado e embalado em plástico. 61 páginas.

Quando publicou este livro, Bullar tinha 22 anos e morava em Salvador. Mas o que quero mesmo dizer é que você precisa estar preparado para encarar textos como este, que enfeita a orelha: “Apalpava seus seios grandes e duros quando senti o câncer, e um gelo amargo percorreu todo o meu corpo. Percebendo algo assustador em minha reação, perguntou; que foi? Um câncer, falei, mecanicamente. Seus olhos eram dois buracos sem fundo, sua boca, um peixe morto. Silêncio absoluto, exceto pelo desespero agudo. Aplacado o choque, tomando consciência da situação, decidi que mataria o câncer. Fui na cozinha e voltei com uma faca de carne”. Um barato, né? Então aproveita que está uma pechincha. Exemplar seminovo. Higienizado e embalado em plástico. 99 páginas.

O Comissário Maigret é corpulento, bom de copo e faz da senhora Maigret uma espécie de criada de luxo, sempre a esperá-lo madrugada a dentro ou a despertá-lo com uma xícara de café quente. Claro que ela poderia plantar-lhe um belo par de chifres, mas, ao contrário de seu criador, que não podia ver uma saia, os Maigrets são burgueses bem comportados. Em resumo, todos os livros de Simenon são ótimos e gostosos de ler. Com certeza, você vai gostar da história. Este exemplar também pertenceu à Biblioteca Comunitária Laís Corrêa de Araújo, fechada em 2015 por falta de recursos, conservando dela bolsa com ficha de leitor, carimbo, grifo e selo no frontispício. Em bom estado. Capa e lombada levemente desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 169 páginas.

O Comissário Maigret é corpulento, bom de copo e faz da senhora Maigret uma espécie de criada de luxo, sempre a esperá-lo madrugada a dentro ou a despertá-lo com uma xícara de café quente. Claro que ela poderia plantar-lhe um belo par de chifres, mas, ao contrário de seu criador, que não podia ver uma saia, os Maigrets são burgueses bem comportados. Em resumo, todos os livros de Simenon são ótimos e de leitura agradável. Este exemplar também pertenceu à Biblioteca Comunitária Laís Corrêa de Araújo, fechada em 2015 por falta de recursos, conservando dela bolsa com ficha de leitor, e grifo no frontispício. Em bom estado, sem rasuras, manchas ou grifos. Capa e lombada levemente desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 160 páginas.

O Comissário Maigret é corpulento, bom de copo e faz da senhora Maigret uma espécie de criada de luxo, sempre a esperá-lo madrugada a dentro ou a despertá-lo com uma xícara de café quente. Claro que ela poderia plantar-lhe um belo par de chifres, mas, ao contrário de seu criador, que não podia ver uma saia sem dar em cima, os Maigrets são burgueses bem comportados. Em resumo, todos os livros de Simenon são ótimos. Este exemplar pertenceu à Biblioteca Comunitária Laís Corrêa de Araújo, fechada em 2015 por falta de recursos, conservando dela bolsa com ficha de leitor, carimbo e grifo no frontispício. Em bom estado, exceto por dois selos, no verso da primeira capa e na última página. Capa e lombada levemente desgastadas nas extremidades. Higienizado e embalado em plástico. 185 páginas.

Sobre este livro, escreveu Flávio Moreira da Costa: “Arranhados continuam os velhos vinis usados por Maurício como pretextos de seus, agora, flashs de lembranças que são ao mesmo tempo registros do presente. (...) Kafka escreveu alguns dos maiores contos do século passado em pouco mais de meia página. E não seremos nós todos filhos de Kafka? Ou órfãos de Kafka? Bem, de qualquer forma, é de estranheza que é feito nosso olhar em relação ao mundo. (...) Leia os textos deste livro e depois de comprar uma agulha nova, ponha um velho vinil no seu velho estéreo”. Exemplar em ótimas condições sem rasuras ou grifos, com apenas duas manchinhas no rodapé da última página. Higienizado e embalado em plástico. 67 páginas.

Este livro faz parte da “Coleção de amigos” em que, descaradamente, me desfaço de minha biblioteca em proveito de novos leitores, a preço razoável, pois doações raramente são aceitas sem um torcer de nariz. Como explica a contracapa: “é um livro de meditação sobre poetas brasileiros, manifestada na forma de ensaios e conferências. Os autores estudados pertencem a épocas e lugares distintos: de Alagoas a Pernambuco, da Bahia a São Paulo, de Minas ao Rio de Janeiro; do romantismo de Castro Alves ao pré-modernismo de Olegário Mariano e ao modernismo de Guilherme de Almeida e Menotti Del Picchia. Exemplar em ótimas condições, apenas com dedicatória do autor e levíssimos sinais de manuseio. Higienizado e embalado em plástico. 189 páginas.

Além de uma coletânea de poemas de cinco autores, este volume apresenta também a fortuna crítica dos poetas, que são Elaine Pauvolid, Marcio Carvalho, Márcio Catunda, Ricardo Alfaya e Tanussi Cardoso. Escrevendo de Lisboa, Márcio Catunda disse no prefácio, intitulado “Eu e quatro visionários”: “Quatro poetas que não renunciam ao direito de dizer. Numa sociedade em que falsidade é valor, quatro visionários divisam resquícios de autenticidade nas frestas do que resta de humano em tudo”. Esta fala franca e direta permeia todo este fortíssimo livro. Exemplar em ótimas condições, apenas com dedicatória e levíssimos sinais de manuseio. Higienizado e embalado em plástico. 195 páginas.

No prefácio, Ana Elisa Ribeiro escreveu: “Mar e montanha, o lugar e o espaço, em rasantes ou mergulhos. A poesia de Socorro Nunes vem carregada de um lirismo misturado às sensações da errância, da viagem, do deslocamento, do movimento e da travessia, na vida ou no amor. A lírica local, cm seu céu, seu mar e sua montanha, dá cor a cada poema, que vem com o sotaque de Minas, do Recife ou de Londres. São, ao todo, 81 textos, que se dividem nas três partes do livro: ‘A outra face’, ‘Visceral’ e ‘Fora dos trilhos’. Sim, trata-se de um grande livro”, conclui. Exemplar em ótimas condições, apenas com dedicatória da autora e leves sinais de manuseio. Higienizado e embalado em plástico. 124 páginas.