Rio dos Bons Sinais
SAUTE
- Editora: LINGUA GERAL LIVROS
- Ano: 1969
- Idioma: Português
- ISBN: 9788560160198
- A terra moçambicana é uma terra de imbondeiros gigantes, de troncos torcidos, a árvore mais horrorosamente bela para quem olha o horizonte torto à sombra da sua ausência de folhas como o faz Nelson Saúte neste "Rio dos Bons Sinais". Este é um livro de ausências. Sem grandes gestos, grandes batalhas,
Descrição: A terra moçambicana é uma terra de imbondeiros gigantes, de troncos torcidos, a árvore mais horrorosamente bela par... Veja mais
Descrição: A terra moçambicana é uma terra de imbondeiros gigantes, de troncos torcidos, a árvore mais horrorosamente bela para quem olha o horizonte torto à sombra da sua ausência de folhas como o faz Nelson Saúte neste "Rio dos Bons Sinais". Este é um livro de ausências. Sem grandes gestos, grandes batalhas, grandes epopéias, sem grandiloqüências ou arroubos filosóficos. As grandes aventuras estão no quintal da nossa casa, raramente nos horizontes exóticos e são os nossos olhos gulosos buscando o infin ito que nos levam para o vazio dos gestos heróicos. Os personagens soltos deste árido rio, ainda assim de bons sinais, caminham no dia-a-dia olhando para os próprios pés, contados em fragmentos de um cotidiano que nos chega amarelado, quem sabe pel o sol, pelo pó, talvez mais pelo tempo vivido e a viver. Personagens simples (não confundir com humildade!) amarrados entre si pela ancestralidade, pela memória, por um futuro turvo, trazidos até nós por palavras sem pressa, coladas ao corpo, mais bem à sua sombra (ou à sua ausência), como na terra dos homens sem sombra. Fato e metáfora, metáfora e fato, dúbias na anterioridade como se deve no campo do imaginário claras, como o olhar de Saúte sobre a paisagem que narra (e nisso estão os home ns), com palavras que se entrechocam, carambolam, signos de culturas distantes, historicamente enclausuradas na mesma vivência. ulada, e outras gentes, de outras terras, outra maneira de juntar as mesmas palavras, outro mar. Mas logo alguém da família - por uma triste história de amor, quem sabe um simples silêncio. Ou por um insólito guarda-chuva amarelo.
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